Com inverno rigoroso, na região do Altai na Sibéria encontra-se o vale de Pazyryk, que contém antigos kurgans (túmulos) dos povos Citas que habitavam a área há mais de dois mil anos. As escavações arqueológicas revelaram itens historicamente importantes dos povos nômades antigos pouco conhecidos de Pazyryk.

Entre os achados estavam múmias, selas, uma carruagem funerária, estátuas e sementes de cannabis. Quando os túmulos foram desenterrados, descobriu-se que eles estavam preservados pelo gelo desde o século V a.C. As múmias encontradas estavam tão preservadas que ainda tinham a carne e cabelo.

Um dos achados mais notáveis ​​foi o Tapete Pazyryk. Até onde se sabe, é o tapete mais antigo descoberto e encontra-se hoje no Museu Hermitage em São Petersburgo. A descrição do tapete feita pelo museu é a seguinte: “Sua decoração é rica e variada: o campo central é ocupado por 24 figuras em forma de cruz, cada uma composta por quatro botões de lótus estilizados. A área central é protegida por uma borda estreita, seguida por uma borda larga que contém de 24 cervos. A borda mais larga contém representações de animais de carga e de homens.”

O que não se menciona é a ambiguidade da origem do tapete. O Vale Pazyryk estava localizado entre grandes rotas comerciais que abrangiam o mundo antigo, com a China a leste e a Ásia Central a sudoeste. Uma das múmias descobertas estava vestida com uma túnica de seda que provavelmente foi feita na Índia. Algumas das estatuetas eram de ouro e o ouro não é dessa região.

Assim, pode-se concluir que o Tapete Pazyryk provavelmente veio da Ásia Central, embora os especialistas não chegaram a um consenso se é um tapete persa ou armênio. Ambas as nações têm tradições na confecção de tapetes que abrangem milhares de anos e os cavalos representados nele são quase idênticos aos cavaleiros que se encontram nas ruínas da antiga Persépolis. Por enquanto, a origem exata do Tapete Pazyryk permanecerá sem resposta, mas seu significado e beleza são eternos.